26 de nov. de 2013

SERRA PELADA - A nova corrida do ouro

A nova corrida do ouro em Serra Pelada — sem as tensões, o sofrimento e as cenas bíblicas dos anos 80
Fonte: Portal revista Veja



Operários da mineradora canadense no túnel escavado recentemente em Serra Pelada. A terra rica em partículas de ouro será retirada e levada à superfície por máquinas (Foto: Antônio Milena / Milenar)
Reportagem de Leonardo Coutinho, de Curionópolis

A NOVA CORRIDA A SERRA PELADA
No local onde existiu o maior garimpo do mundo, ainda há muito ouro. Em 2013, esse tesouro começará a ser explorado de forma organizada e com o uso de tecnologia moderna
Vinte e cinco anos depois do fechamento do maior garimpo do mundo, Serra Pelada voltará a produzir ouro. No lugar dos 100.000 homens de todas as partes do Brasil que se amontoaram nos terraços enlameados de uma cratera cavada no sul do Pará em busca do metal precioso, em condições precárias, haverá máquinas modernas operadas por funcionários com carteira assinada e protegidos por equipamentos de segurança.



Nos anos 80, uma cena bíblica: a terra retirada no garimpo era carregada em sacos no ombro por milhares de garimpeiros, e a escavação se fazia com pás e picaretas (Foto: Luis Novaes - 1982 / Folhapress)

Em vez de garimpeiros agachados em frente a uma fogueirinha fervendo mercúrio em uma panela para separar as partículas de ouro da terra, serão utilizados complexos processos não poluentes de decantação, flotação e fundição para produzir barras de ouro de 25 quilos com 80% de pureza.
Nas próximas semanas, a mineradora canadense Colossus Minerals, que está investindo 700 milhões de reais em Serra Pelada, concluirá a medição da reserva ainda intocada, que escapou às escavações artesanais dos garimpeiros na década de 80.


SEM MERCÚRIO -- No processo industrial, a separação será feita com técnicas não poluentes, como a decantação e a fundição -- na foto, em fase experimental (Foto: Antonio Milena / Milenar)

Em 2010, quando a cooperativa dos garimpeiros ganhou do governo federal o direito de retomar a exploração de seu tesouro, os técnicos do Ministério de Minas e Energia estimaram em 50 toneladas a quantidade de ouro ainda existente no local. Se o cálculo se confirmar, será mais do que se conseguiu extrair nos sete anos em que o garimpo funcionou, entre 1980 e 1987 (40 toneladas).
Os velhos métodos, contudo, não servem mais. O ouro remanescente encontra-se misturado em uma camada de argila, a 200 metros de profundidade, que se estende a sudoeste da cratera aberta nos anos 80.
Os garimpeiros não sabiam disso e, depois de retirar o ouro que estava mais próximo à superfície, continuaram cavando na vertical. Em vão.Eles já não conseguiam encontrar uma quantidade significativa do minério e acabaram atingindo um lençol freático, que começou a inundar o garimpo. O governo, então, mandou interromper as atividades no local.


COM MERCÚRIO -- Na década de 80, os garimpeiros usavam metal tóxico para isolar o ouro das impurezas (Foto: Claudio Laranjeiras)

Para retomar a exploração, a cooperativa teve de criar a Serra Pelada Companhia de Desenvolvimento Mineral, uma joint venture com a empresa canadense. Os 38.000 garimpeiros cooperados não precisarão fazer nada além de dividir entre si 25% dos lucros da operação.
Na Vila de Serra Pelada, situada no município de Curionópolis, há uma gameleira de 15 metros de altura que serve de ponto de encontro de homens que há trinta anos sonham com a reabertura do seu Eldorado. A árvore ganhou o apelido de “Pau da Mentira”, por causa das histórias improváveis contadas à sua sombra, mas bem que agora poderia ter seu nome mudado para “Pau da Esperança”.


José Mariano dos Santos, de 58 anos, acredita que a nova fase de Serra Pelada poderá garantir a ele e seus colegas uma renda mensal de 20.000 reais. No passado, Santos chegou a acumular 411 quilos de ouro, o equivalente a 47 milhões de reais em valores atuais, o que fez dele o segundo homem mais rico do garimpo. Esbanjou tudo em festas, em viagens extravagantes e em investimentos desastrados. Hoje ele sobrevive do salário mínimo que recebe como aposentadoria.
Os representantes da mineradora se preocupam com as expectativas dos seus sócios brasileiros. “Não temos dúvida de que esta mina tem potencial para se tornar uma das mais produtivas do mundo, mas infelizmente não será capaz de enriquecer esses 38.000 homens”, diz a canadense Ann Wilkinson, vice-presidente da Colossus.

ALAGADA -- Na gigantesca, impressionante cratera escavada nos anos 80, os garimpeiros que eram donos de "barrancos" contratavam outros homens para ajudá-los a retirar a terra com ouro. O lago que se formou no local tem uma área equivalente à de dois estádios do Maracanã (Foto: Antonio Milena / Milenar)

Para atender à remuneração sonhada pelos garimpeiros, a mineradora teria de atingir uma média de extração anual dez vezes a das principais minas do mundo. Isso é impossível, mesmo com a alta concentração de ouro que os técnicos estão encontrando em Serra Pelada.
A média confirmada até agora é de 20 gramas de ouro por tonelada de terra. Em comparação, a média na maior mina em operação no Brasil, em Paracatu, em Minas Gerais, é de 0,45 grama por tonelada. Durante a fase de prospecção, os geólogos descobriram que as imagens de enormes pepitas de ouro, que ajudaram a fomentar a corrida a Serra Pelada nos anos 80, não se repetirão. Essas pedras já eram raras naquele tempo, e, agora, mais ainda.

Cada terraço retangular é um "barranco", medida de propriedade dos garimpeiros na década de 80 (Foto: Grislaine Morel / Gamma)
O ouro em pó que sobrou está diluído no solo argiloso. Para que se chegue aos pontos de maior concentração do metal, foi construído um túnel de 1 600 metros de extensão e 5 metros de largura. Mesmo que haja alguma pepita em meio às 150 toneladas de terra que serão recolhidas diariamente por pequenas escavadeiras, ela acabará triturada no processo mecânico de separação do metal.
A dificuldade técnica e o alto custo da extração na “nova” Serra Pelada são compensados de duas formas. Primeiro, o ouro não é o único tesouro do local. Há quantidades significativas de platina e paládio, metais de grande valor industrial e para a confecção de joias. “Só são conhecidas outras duas minas no mundo onde o ouro vem acompanhado desses metais”, diz o presidente da Colossus, o canadense Claudio Mancuso.

NOVA ILUSÃO -- O garimpeiro José Mariano dos Santos, o Índio, achou 411 quilos de ouro, tornando-se um dos homens mais ricos de Serra Pelada (no detalhe, no auge). Perdeu tudo. Ele sonha em receber 20.000 reais mensais com a parcela que lhe cabe na repartição dos lucros da mineradora com a cooperativa dos garimpeiros
A segunda compensação é a crescente demanda pelo ouro, motivada pela desvalorização do dólar e pela instabilidade nas bolsas de valores. No ano passado, o metal acumulou uma alta de 16%, enquanto o índice Bovespa caiu na mesma proporção, e os bancos centrais compraram 440 toneladas de ouro, quase seis vezes mais do que em 2010.
O aumento da procura fez o preço da onça troy (equivalente a 31 gramas) saltar de 300 dólares, em 1998, para 1 710 dólares, na semana passada (nov/2012). Da preferência dos investidores do século XXI à febre que levou milhares de brasileiros a abandonar a família para tentar a sorte em Serra Pelada nos anos 80, o ouro é desejado por uma razão simples. Ele é raro. Todo o ouro já extraído no planeta, 160.000 toneladas, caberia em apenas duas piscinas olímpicas.


7 de out. de 2013

RECICLAGEM DE JÓIAS

O que fazer com as jóias antigas e sem uso?

Uma das coisas que considero mais complicado em joalheria é a reciclagem das jóias de família que não tem mais uso, mas que tem um valor sentimental impossível de medir em valores monetários. 
A maioria dos profissionais correm desta tarefa, mas eu particularmente gosto deste tipo de desafio já que engloba uma série de fatores que vão muito além do domínio das técnicas já que não basta fabricar uma jóia bonita e bem acabada. É preciso captar todo o simbolismo em torno daquelas joias que para nós nada mais é que um monte de sucata.


 Este mês mais uma pessoa me procurou no atelier querendo transformar algumas peças em algo que pudesse usar novamente. Como muito cuidado ela foi me entregando cada peça individualmente e logo percebi que se tratava de algo pelo qual ela mantinha uma ligação emocional! O lote consistia em um par de alianças, um anel cuja pedra se perdeu e um crucifixo antigo com a imagem de Santa Clara no centro . 
 Após uma breve conversa ela me explicou que todas foram presente do esposo que havia falecido a pouco tempo. À partir dai entendi o por que de tanto carinho no manuseio das peças e logo senti o tamanho da responsabilidade!


Como ela não sabia o que queria, dei prosseguimento á conversa procurando obter o máximo de informações que pudessem me ajudar no trabalho de criação! Perguntei se queria algo com ou sem pedra, anel, brincos, tipo de acabamento, estilo, etc., etc.... em determinado momento ela apontou para um quartzo rosa (símbolo da paixão), perguntando se poderíamos utilizá-lo e como respondi que sim, decidimos que seria um pingente em forma de flor já que ela continuaria com a corrente que usava com o crucifixo. Para finalizar, me pediu ainda, que incorporasse a imagem da santa que estava no centro do crucifixo.


Á partir dai foi por minha conta! Decidi utilizar sua própria aliança como base da pedra que decidi cortar o pavilhão para que pudesse torná-la transparente e assim poder ver a imagem da Santa através da pedra.


Com o restante do material, fabriquei a estrutura em forma de flor em cujo centro inferior coloquei a santa criando a sensação de estar irradiando energia através do quartzo rosa.


 Aí está o resultado final! 
Uma joia exclusiva, única e cheia de significados que certamente manterá o casal unido para sempre!

5 de ago. de 2013

PEDRA DO MÊS

Saiba qual a pedra do mês do seu aniversário.



Pedras de todos os tipos e tamanhos já foram chamadas de “ossos da Mãe Terra”. As pedras são usadas ​​como talismãs e amuletos desde os primórdios da história escrita, e provavelmente, bem antes dela.
Muitos acreditam que as pedras preciosas têm poderes místicos, e alguma delas estariam ligadas às estrelas e ao signo solar, trazendo boa sorte, saúde, prosperidade e felicidade para as pessoas nascidas em seus respectivos signos.
Com base na sua relação com os signos, as pedras preciosas são relacionadas a determinados meses – e às pessoas nascidas nesses meses podem se beneficiar delas.

Granada (janeiro): Granadas são pedras de pureza e verdade. São uma representação de lealdade e constância na amizade, um símbolo de amor e compaixão, e acredita-se que podem aumentar o desejo sexual. Estas pedras também têm o poder de ajudar as pessoas a obter sucesso, fama e popularidade, além de proporcionar proteção e despertar a consciência espiritual.

Ametista (fevereiro): Sua cor varia do lilás claro ao roxo profundo. Conhecida por incentivar o celibato, era usada como ornamento em igrejas da Idade Média. A ametista também simboliza a sobriedade.

Água-marinha (março): Sua cor varia do azul-claro ao azul médio. Diz a lenda que a água-marinha é o tesouro das sereias e teria o poder de proteger os marinheiros. A imersão em água fortalece seu poder. Também possuiria um efeito calmante, sobretudo entre casais casados, proporcionando proteção contra o mal.

Diamante (abril): Sugere a eternidade do amor. Os diamantes são símbolos tradicionais do amor. É considerada a mais pura das pedras preciosas.

Esmeralda (maio): As esmeraldas verde-escuro são consideradas mais valiosas que as de outros tons. São as joias da eterna primavera, com muito brilho e vida. São conhecidas por gerar ideias criativas durante os sonhos. Acredita-se que transmitam paciência em quem as usa e ajudam na meditação.

Pérola (junho): A beleza do brilho das pérolas é apreciada há séculos. Segundo uma antiga crença grega, as pérolas são capazes de promover a felicidade conjugal e evitam tristezas entre os recém-casados. Também são conhecidas por eliminar desequilíbrios emocionais.

Rubi (julho): O rubi é a mais cara de todas as gemas, com exceção de uma variedade rara de diamantes vermelhos. Segundo a crença popular, os rubis concedem felicidade, sabedoria e saúde para quem o sua. Também são conhecidos por manter o equilíbrio no amor e em todos os esforços espirituais.

Peridoto (agosto): Esta joia vulcânica abençoa quem a usa com sucesso, paz e boa sorte. Também proporciona força e vitalidade física. Ajuda a criar uma atitude positiva e a aliviar o medo espiritual.

Safira (setembro): A safira é conhecida como joia do céu ou joia divina. Simboliza a sinceridade e a fidelidade, e é conhecida por conceder a iluminação espiritual, a paz interior e um meio de expressão pessoal para quem as usa.

Opala (outubro): Acredita-se que a esta pedra possui um grande valor espiritual, e que brilha com energia extraordinária e positiva. Ela é um presságio de esperança e protege seu portador contra impurezas e problemas de saúde. Alguns a consideram uma pedra de má sorte.

Topázio (novembro): Segundo a crença grega, esta joia tem o poder de aumentar a força, dissipar encantamentos e melhorar a visão. Traz equilíbrio emocional ao portador, ajuda na regeneração espiritual, alivia o estresse e confere uma sensação de alegria.

Turquesa (dezembro): Na Antiguidade, era frequentemente incluída nas tumbas como proteção contra o mal, já que atrairia bons espíritos. A turquesa é conhecida por proporcionar riqueza e bem-estar a quem a usa, além de dar sorte no amor.

Não ignore essa sabedoria ancestral e carregue com você sua pedra preciosa. Você pode se surpreender com os resultados.

fonte: Portal UOL

18 de jun. de 2013

JÓIAS PARA QUEM AMA SEUS ANIMAIS

 Pingente Pug 3D.

Pingente PUG 2 D e 3D em ouro 18k
ao centro Pingente Maltês 2D em ouro 18k.

Pingente PUG 2 D e 3D em ouro 18k.

 Pingente PUG 3D em ouro 18k.

  Pingente PUG 2D em ouro 18k.

Anel Maltês em ouro 18k e diamantes.

17 de mai. de 2013

QUANTO OURO EXISTE NO MUNDO?


Quanto ouro existe no mundo?
Com informações da BBC - 01/04/2013

 Se um supervilão quisesse roubar todo o estoque de ouro do mundo, escondê-lo não seria tão difícil como se poderia supor.

Cálculos anteriores, como o citado recentemente pelo megainvestidor americano Warren Buffet, sugerem que o ouro no mundo poderia caber em uma sala de 20 m de cada lado.

Os cálculos obviamente não consideram o ouro ainda embaixo da terra, mas apenas o que foi explorado e hoje está fundido em barras, em joias ou cobrindo antigos monumentos mundo afora.

Buffet não mencionou qual seria a altura do tal cubo dourado, mas os números da pesquisa anual sobre ouro da consultoria Thomson Reuters nos dão uma estimativa mais precisa.

Seriam 171,3 mil toneladas de ouro no mundo - ou seja, caberiam em uma sala quadrada com paredes de 20,7 metros de comprimento e 9,8 metros de altura.

Pouco ouro

Mas este está longe de ser um número definitivo: as estimativas sobre quanto ouro já foi explorado variam bastante, vão de 155 mil toneladas a 2,5 milhões de toneladas.

Os números são conflitantes porque o ouro vem sendo explorado há cerca de 6 mil anos, diz o historiador Timothy Green.

As primeiras moedas de ouro foram cunhadas em 550 A.C. pelo rei Creso, da Lídia, que ficava no que é hoje o sul da Turquia. Não demorou muito para que elas fossem aceitas por mercadores do Mediterrâneo.

A Thomson Reuters calcula que até 1492, ano em que Colombo aportou na América, cerca de 12,8 mil toneladas de ouro já haviam sido extraídas.

O investidor James Turk, especialista na comercialização de ouro, diz que os números são superestimados.

Ele diz que até a Idade Média as técnicas de mineração eram muito primitivas e calcula em 297 toneladas o montante explorado até a viagem de Colombo.

Turk, fundador da Gold Money, empresa que comercializa o metal, estima que haja hoje no mundo 155,2 mil toneladas - 10% a menos do que o calculado pela Thompson Reuters, uma diferença que vale US$ 950 bilhões.

Muito ouro


Jan Skoyles, da Real Asset Company discorda e diz que os números são subestimados.

"Só na tumba de Tutancâmon, o seu esquife pesa 1,5 tonelada de ouro. Imagine então o ouro de outras tumbas que foram saqueadas", argumenta. Moeda de ouro. BBC

O ouro tornou-se rapidamente a principal moeda de troca durante a Antiguidade

Skoyles diz ainda que os cálculos totais são equivocados e diz que a China, por exemplo, nunca deixou claro quanto de ouro possui.

Em países como a Colômbia, "há muita mineração ilegal", diz.

O Gold Standard Institute, por sua vez, fala em 2,5 milhões de toneladas. Mas a instituição reconhece que os cálculos se baseiam em indícios frágeis e são de alguma forma especulativos.

Quanto ao ouro embaixo da terra, as estimativas são ainda mais difíceis de fazer.

Mas o Serviço Geológico dos Estados Unidos se arrisca com uma cifra bem precisa, de cerca de 52 mil toneladas de ouro ainda por serem exploradas.

Reciclagem do ouro
Até hoje, a maior parte do ouro já extraído da terra vem sendo reciclado - peças fundidas e ganhando novo uso.

"Todo o ouro já extraído ainda existe. Isso significa que se você tem um relógio de ouro, parte desse ouro pode ter sido extraído pelos romanos há 2 mil anos", diz James Turk.

Mas não será assim no futuro. Hoje parte do ouro explorado vai para a indústria de tecnologia, usado em circuitos e chips.

Segundo o Serviço Geológica da Grã-Bretanha, essa demanda representa 12% da atual produção mundial.

Como são quantidades muito pequenas usadas em cada equipamento, esse ouro já não será reciclado. Ou seja, pela primeira vez na história estamos "consumindo" e não apenas usando e estocando o ouro.