21 de ago. de 2014

Sereia Iara


Sereia em ouro e água marinha bruta.


A Iara

Vive dentro de mim, como num rio,

Uma linda mulher, esquiva e rara,

Num borbulhar de argênteos flocos, Iara

De cabeleira de ouro e corpo frio.

Entre as ninféias a namoro e espio:

E ela, do espelho móbil da onda clara,

Com os verdes olhos úmidos me encara,

E oferece-me o seio alvo e macio.

Precipito-me, no ímpeto de esposo,

Na desesperação da glória suma,

Para a estreitar, louco de orgulho e gozo...

Mas nos meus braços a ilusão se esfuma:

E a mãe-d'água, exalando um ai piedoso,

Desfaz-se em mortas pérolas de espuma.

Olavo Bilac

3 de abr. de 2014

Feliz aniversário Jane goodall


Em homenagem ao 80 º aniversário de Goodall.

In honor of Goodall’s 80th birthday

A mulher que revolucionou a pesquisa sobre os primatas

Seu caminho para os chimpanzés começou em 1935, na casa de sua família, no centro de Londres, quando o pai a presenteou com o macaco de pelúcia "Jubilee". Jane tinha apenas um aninho.


Animais tornaram-se seus companheiros desde a infância. Ela leva minhocas para a cama, e tenta criar uma colônia de lesmas de água doce em seu quarto. Quem mais a ensina é seu cão de estimação; ele mostra à garotinha que os animais "têm sentimentos e personalidade", como lembra hoje a britânica.

Sua mãe Vanne incentiva a curiosidade da filha. Aos quatro anos de idade, a pequena Jane leva um grupo de adultos a organizar uma operação de busca. Ela se escondeu por horas no galinheiro da casa de uns parentes. Seu objetivo com a travessura: descobrir como a galinha bota um ovo. A mãe ouve atentamente o primeiro relato de pesquisa de sua filha.

Um ano depois eclode a Segunda Guerra Mundial. Os Goodalls se refugiam na Quinta das Bétulas, a casa da avó de Jane, situada em Bournemouth, no litoral sul. A menina se enterra nos livros da biblioteca. Quando encontra o texto em que Dr. Dolittle fala com os animais e viaja para a África, Jane encontra o exemplo a seguir.

O jardim da quinta e as encostas de areia das falésias, cheios de tojo-comum e azáleas vermelhas, tornam-se o seu território: aqui ela espreita doninhas caçando e o cortejo barulhento de um ouriço macho.

Mas a sua juventude também tem reveses: bombas aéreas que caem bem próximas, noites no abrigo antiaéreo, o divórcio dos pais - e a pobreza, quando a comida teve que ser racionada.

Para a faculdade, falta dinheiro. Ela faz curso de secretariado; quando, em 1956, uma amiga a convida a ir para o Quênia, ela trabalha de garçonete para conseguir juntar o dinheiro da passagem. Em 1957, a jovem de 23 anos embarca para a África. Em território queniano ela dará início à sua carreira, como secretária do antropólogo inglês Louis Leakey. Ele a envia à Tanzânia, onde, por seus méritos pessoais, ela alcança reputação científica.



O Mundo veio a conhecê-la por seu trabalho em primatologia comportamental, focado nos chimpanzés de Gombe, uma pequena reserva florestal (graças a seus esforços, é agora um parque nacional), na margem oriental do Lago Tanganica, na Tanzânia.

Iniciou seus estudos de chimpanzés lá em julho de 1960 e continuou até 1986. Então ela toma consciência das ameaças que pesam sobre chimpanzés selvagens e dos sofrimentos de chimpanzés mantidos em cativeiro para pesquisa médica.




À partir de então, ela deixou as satisfações do campo da biologia e tornou-se uma ativista. Por quase três décadas, ela passou a maior parte de seu tempo na estrada dando palestras para conscientizar crianças em idade escolar, testemunhando em público, usando sua persuasão suave, mas forte com funcionários do governo, líderes mundiais, outros cientistas, e qualquer outra pessoa que ela poderia encontrar sobre a necessidade de se proteger o meio ambiente.

Muito de seu esforço é canalizado através do Instituto Jane Goodall e seus programas, como o Roots & Shoots (envolvendo os jovens, especialmente nos esforços para mitigar o impacto humano sobre o mundo natural) e TACARE (promoção do desenvolvimento relacionadas com a conservação em aldeias vizinhas e Gombe outro local). Ela também continua a escrever seu novo livro é Sementes de Esperança:. Sabedoria e maravilha do mundo das plantas. 

Ainda não entendeu quem ela é?.Então assista este vídeo! Prepare o lenço!!

23 de mar. de 2014

Anel Catedral



Anel Catedral

“Na Catedral, por exemplo, evitei as soluções usuais das velhas catedrais escuras, lembrando pecado. E, ao contrário, fiz escura a galeria de acesso à nave, e esta, toda iluminada, colorida, voltada com seus belos vitrais transparentes para os espaços infinitos.” 
                                                                   Oscar Niemeyer

4 de mar. de 2014

O SÍMBOLO DA ENFERMAGEM

O SÍMBOLO DA ENFERMAGEM


Pingente enfermagem.




Esta semana uma cliente me procurou para encomendar um pingente, pois está se formando em enfermagem! Quando ela me mostrou o que queria fiquei um tanto surpreso, pois era a imagem de uma lâmpada do tipo mil e uma noites! Dessas que depois de esfregadas aparece um gênio para lhe conceder 3 desejos! Mas, tentando racionalizar imaginei que o símbolo da lâmpada era para representar algo do tipo luz no fim do túnel (deu pra entender meu raciocínio, né). Felizmente existe o Dr. Google e descobri a verdadeira História da origem do símbolo:

A História 




Oriunda da nobreza inglesa, Florence Nightingale (1810-1920) impulsionou a arte de cuidar para o campo das profissões, qualificando o cuidado prestado a feridos e doentes, hospitalizados ou não. Mesmo vivendo de forma aristocrática e refinada, Florence Nightingale era uma mulher de atitudes simples, que valorizava a vida humana sem distinção. Cosmopolita, era avançada para o seu tempo, abdicou do matrimonio para se dedicar ao que lhe era mais peculiar: cuidar da vida de pessoas necessitadas e enfermas.
Em 1853, Inglaterra, França e Turquia entraram em guerra contra a Rússia, um evento que se tornou historicamente conhecido como Guerra da Criméia, e que marcou definitivamente a vida de Florence Nightingale, bem como os rumos da enfermagem moderna. Devido às suas iniciativas e conhecedora dos episódios trágicos que levavam à morte muitos ingleses, "escreveu ao ministro da Guerra, Sidney Herbert, seu amigo pessoal, e ofereceu seus serviços", o que foi aceito de imediato.
Chegando à base militar de Scutari, na Turquia, juntamente com um grupo de mulheres recrutadas para atender feridos de guerra, Florence Nightingale encontrou um hospital improvisado, cujas instalações eram as piores possíveis para receber milhares de feridos que chegavam da Criméia. Prontamente, disseminou o que considerava básico para as necessidades humanas dos que se encontravam nessa base de Scutari, como alimentação, higiene pessoal e do espaço físico tornando-o arejado e salubre, reduzindo o índice de mortalidade que era de 40% para 2%.

Florence Nightingale, Gravura colorida inglesa, 1855.

Durante a noite, Florence Nightingale visitava os feridos levando uma lanterna de campanha para iluminar seus passos nos longos corredores e os próprios soldados a quem prestava cuidados necessários. O efeito da luz, além de possibilitar a atenta observação, aplacava a dor e solidão dos feridos, animando-os na luta contínua pela vida. Por essas rondas noturnas, Florence ficou conhecida como a Dama da Lâmpada. Vencida a guerra, em 1856, Florence Nightingale retornou com suas assistentes para a Inglaterra.
Assim, a lâmpada tornou-se o símbolo da Enfermagem no mundo e sua representação foi estilizada, assumindo a forma de uma lamparina grega, tipo lâmpada de Aladim. Muitas escolas de enfermagem procuram manter vivo esse ritual e em todos os momentos importantes, tais como abertura e encerramento de eventos, formaturas, colação de grau, a lâmpada é solenemente acendida no inicio do evento, no primeiro dia e apagada no último dia, no momento do encerramento, em que o presidente da mesa anuncia esse ato e abre espaço para que a lâmpada seja apagada. Outras escolas mantêm uma cerimônia chamada "passagem da lâmpada", na formatura, em que uma graduanda representando os formandos, entrega a lâmpada acesa para uma aluna ingressante, do primeiro ano, recomendando que ela ajude a manter sempre acesa aquela chama do ideal. Tais simbolismos acompanham ritualisticamente os momentos marcantes de escola de enfermagem, e eternizam a profissionalização da assistência de enfermagem como uma das mais nobres profissões da vida moderna.

Créditos:
Profa. Dra. Taka Oguisso (Professor Titular ENO/EEUSP)
Dr. Paulo Fernando de Souza Campos (Pós Doc ENO/EEUSP)

2 de fev. de 2014

A HISTÓRIA DE CHITO E POCHO


Na semana passada assisti a um documentário que me impressionou demais, pois falava da interação entre um humano e um crocodilo com aproximadamente 5 metros de comprimento e 450kg! 

Por serem capazes de se alimentarem de indivíduos de sua própria espécie os crocodilos são considerados um dos animais mais ferozes que existem. Além disso, eles também são temidos pois consideram os seres Humanos como preza.

Você assim como eu já deve ter ouvido muitas histórias de crocodilos assassinos, mas agora é hora de conhecer a história de Pocho.

Há 20 anos o pescador costa-riquenho conhecido como Chito encontrou um crocodilo ferido mortalmente por um tiro no olho esquerdo dado por um criador de gado. Mas comovido, Chito colocou-o em seu barco com a ajuda de amigos e o levou para casa para cuidar de seu ferimento.




 "Quando eu encontrei Pocho no rio ele estava morrendo, então eu o trouxe para minha casa. Ele estava muito magro, dei-lhe frango, peixe e medicamentos por seis meses para ajudar ele a se recuperar. Eu fiquei ao lado de Pocho enquanto ele estava doente, dormindo do seu lado durante a noite. Eu só queria que ele sentisse que alguém o amava, que nem todos os seres humanos são maus. Foi muito sacrifício. pois eu tinha que estar lá todos os dias. Demorou anos até que Chito sentiu que Pocho tinha se acostumado com ele o suficiente para se aproximar do animal ".  





Após sua recuperação, Chito contou que em duas ocasiões deixou Pocho em um rio afastado de sua casa para que voltasse para a natureza, mas para seu espanto ele sempre retornava para sua casa.
Com o tempo, Chito descobriu que Pocho vinha até ele quando chamado e foi ganhando confiança até que começou a mergulhar diariamente com ele no rio, mas depois se deram tão bem que por quase 2 décadas a dupla realizou apresentações para multidões incrédulas.


Infelizmente em outubro de 2011, Pocho, com cerca de 50 anos de idade, morreu de causas naturais.




Em seu funeral, Chito não conteve as lágrimas e disse: "Pocho é Pocho, o único. Não há mais Pocho. Ele será o único Pocho que já existiu."


Esta incrível relação de amor e respeito entre o predador mais antigo da Terra e um homem simples não poderia ficar sem uma homenagem.


Chito dizia que se comunicava com Pocho através do olhar.